Mulheres na aviação: histórias de grande valor!Mulheres na aviação: histórias de grande valor!

08 de março de 2021

O tempo em que determinadas áreas eram consideradas somente para homens já passou, com o passar dos anos as mulheres tem ganhado mais destaque em todos os segmentos e o mesmo vem acontecendo há um bom tempo na aviação, elas chegaram para mostrar sua incrível força de vontade, determinação e coragem ao pilotar um avião.

Há sim mulheres que já trabalham como comissárias de voo, porém elas não querem parar por aí, elas demonstram ao mundo tudo que são fortes e competentes ao realizar os cursos obrigatórios de Piloto Privado e Piloto Comercial para sair pilotando mundo a fora.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de mulheres com licença para voar como piloto comercial de avião subiu 64% de 2015 a 2018. Em 1920 o marco na história se iniciou quando 4 mulheres conquistaram muito mais que o céu, conheça quem foram elas!

Thereza di Marzo
Thereza di Marzo foi a primeira brasileira a receber o brevê – documento que dá permissão para pilotar aviões. Nascida em São Paulo, em 1903, ela logo desenvolveu a paixão por aviação. A decisão de se tornar pilota, no entanto, não agradou sua família, mas ela continuou em frente ao se matricular nas aulas de voo, as aulas de pilotagem começaram em 1921 e, já em 1922, Thereza voou sozinha pela primeira vez. Um mês depois, se habilitou no AeroClube Brasil e tornou-se uma pioneira ao receber um diploma de piloto-aviador internacional. Ela realizou o primeiro reide (excursão longa) para Santos, voos panorâmicos para passageiros, a construção de um hangar e outras conquistas.

Anésia Machado
Ela nasceu em 1904 e, aos 17 anos, já começou a pilotar aeronaves. Com apenas um dia de diferença da colega Thereza di Marzo, em 1922, ela se tornou a segunda mulher a receber o brevê no Brasil. Anésia foi pioneira ao realizar um voo interestadual. Para comemorar os 100 anos da Independência do Brasil, ela pilotou de São Paulo até o Rio de Janeiro, viagem que demorou quatro dias – voava 1 hora e 30 minutos por dia, porque precisava parar para abastecer e fazer manutenção da aeronave.

Anésia foi reconhecida também por um grande feito histórico, em 1951. Com um monomotor, voou de Nova York para o Rio de Janeiro. Em seguida, atravessou a Cordilheira dos Andes, indo de Santiago, no Chile, até a cidade de Mendoza, no interior da Argentina. Três anos depois, na Conferência de Istambul, na Turquia, a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) a proclamou como Decana Mundial da Aviação Feminina por ter o brevê mais antigo do mundo ainda em atividade.

Ada Leda Rogato
Ada foi pioneira em obter licença como paraquedista na América do Sul; a primeira mulher a pilotar planadores; e a terceira a receber um brevê aeronáutico, em 1935, depois de Thereza e Anésia. Durante a Segunda Guerra Mundial, fez mais de 200 voos voluntários de patrulhamento pelo litoral paulista; em 1950, atravessou os Andes 11 vezes; em 1951, voou mais de 50 mil quilômetros até o Alasca; pousou em baixa potência no aeroporto de La Paz, Bolívia, considerado o mais alto do mundo na época (4061 metros acima do nível do mar); e cruzou a região amazônica utilizando apenas uma bússola.

Joana D’Alessandro
Conhecida também como Joaninha ou a “Águia de Taubaté”, recebeu diversas homenagens pelo país, principalmente em Taubaté, cidade paulista onde morou. Nascida em 1924, ela voou pela primeira vez aos 13 anos. Um ano depois, obteve o posto de aviadora acrobata mais jovem do mundo, sendo até citada pelo Guinness World Records (Guinness dos Recordes Mundiais, em português). Aos 15 e 16 anos, venceu dois campeonatos de acrobacias aéreas.

Se o seu sonho é pilotar um avião saiba que a Sierra Bravo está de braços abertos para todas as mulheres que sonham em voar, venha até nós e participe de nossos cursos!

FONTE: https://journalofwonder.embraer.com/br/pt/86-as-primeiras-pilotas-do-brasil